sexta-feira, 26 de agosto de 2011

::BEYOND PANAMÁ: FEDORA HAT





De grande sucesso no século XX, a partir da década de 20, o chapéu Fedora, também conhecido como Borsalino, é um tipo de chapéu, feito em regra de feltro e fabricado no formato similar ao chapéu Panamá.

Chapéu Panamá

 
Chapéu Fedora


A princípio, Fedora, é um nome feminino russo para "Teodora". Embora não exista uma ligação fática entre a popularidade do chapéu e uma peça teatral, a história conta que o mesmo teve sua popuridade e nome adquiridos a partir da peça teatral de nome "Fédora", de Victorien Sardou, em homenagem a Sarah Bemhardt. Ademais, no início do século XX, o mesmo chapéu causou frisson entre os adeptos da moda nobre devido a ópera por Umberto Giordano, onde Enrico Caruso, no papel principal, utilizava o tão afamado chapéu. A partir daí, este simples acessório de moda, tornou-se símbolo de nobreza e estilo elegante.

Sarah Bemhardt


Não obstante a origem russa do chapéu, cabe ressaltar que a fábrica italiana de chapéus e acessórios masculinos Borsalinos, reivindica a criação do modelo do chapéu, que tinha sua matéria prima a pele de coelho. Além disso, vale lembrar que no Reino Unido, o chapéu fedora é conhecido como Trilby.

Na década de 40, Hollywood popularizou ainda mais a utilização do chapéu através de suas figuras icônicas como Humphrey Bogart, em Casablanca. No entanto, a indústria do cinema também foi responsável por mitificar, ou melhor, esteriotipar, a utilização deste acessório como símbolo de personagens misteriosos, gângsters e poderosos chefões. Mas ainda assim, tal chapéu nunca deixou de ser clássico e elegante para os seguidores de uma moda que denotava status social.


Filme "Casablanca"





Nos dias atuais, a moda Fedora retorna para ambos sexos como acessório de estilo e coringa para quem procura inovar no visual. Não importa a estação ou estilo, o chapéu Fedora adequa-se aos mais diversos estilos e versatilidades. Basta usar, ou melhor, ousar no no estilo.


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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

::DOCKSIDES: THE BOAT SHOES





A moda reinvetando-se em seu passado sempre presente, imprime ao estilo contemporâneo e moderno um ar sofisticado e clássico remontado através do destaque cada vez mais em foco do acessório que tem chamado a atenção nas mais diversas tribos e segmentos de moda, além de qualquer estação.


Conhecidos como Docksides, Boat Shoes ou Topsiders, os sapatos em questão, por um tempo esquecidos pelas vitrines de consumo, retomam sua importância no cenário modista e ditam um estilo clássico, contemporêneo, casual e ousado daqueles que vestem, ou melhor calçam, essa tendência.



Em regra, de lona ou couro com sola de borracha, os docksides destinam-se, precipuamente, a serem utilizados em barcos ou superfícies similares. O padrão "Siping" do solado é desenhado para garantir a aderência em superfícies escorregadias, como em decks molhados, protegendo os passos sem que o usuário escorregue ou se machuque em ambientes cujas características não propiciam uma segurança básica para o simples ato de andar sem escorregar. Dessa forma, a fabricação em couro e a aplicação de óleo, são desenvolvidas em conjunto com o padrão siping do solado com o objetivo de repelir a água.




Paul Sperry, fabricante de calçados de navegação e criador dos docksides, concebeu a idéia em 1935 após perceber a habilidade natural de seu cão ao correr facilmente por superfícies de gelo ou neve. Com a utilização de uma faca, ele cortou em padrão "siping" (padrão similar dos desenhos de rodas de automóveis) as solas de seus sapatos de navegação e criou o primeiro modelo dockside.




Como o nome sugere, desde sua criação, os boat shoes são largamente utilizados por marinheiros. No entanto, na década de 80, tais modelos foram lançados como moda nos EUA e Reino Unido propagando sua influência e destaque nas vitrines do mundo inteiro.



Aproveitando a tendência Marina ou New Navy, os Topsiders, representam de forma icônica um dos acessórios mais característicos desta tendência unissex e sem restrições para qualquer idade, tribo ou estilo de vida. Os sapatos docksides são confortáveis, coringas e imprimem um estilo único àqueles que calçam essa idéia.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

::OLD FASHION: RETRÔ, VINTAGE E CLÁSSICO




Destaque nas vitrines e passarelas, a alta do momento é o retorno da moda clássica, ou seja, retrô e vintage na hora de escolher o que vestir. Muitos enganam-se com o entendimento de que "vintage", "retrô" e "clássico" classificam-se na mesma categoria. Apesar da semelhança, cada palavra exposta no desígnio fashion, possui um limite ou abrangêcia específica.




Existe uma diferença tênue entre os termos ora em questão. No que tange a designação da moda retrô, o termo aplicado indica sempre a recuperação de estilos das décadas de 20, 30, 40 e 50, 60, 70 e 80. Dessa forma, o retrô, atua como um relançamento de uma moda, através de peças novas com estilos e modelagens inspiradas e remetidas aos anos de ouro,disco e ploc. A origem da palavra, remete-se sempre a um passado, a uma retrospectiva do que já foi visto e vivenciado. Por isso, o significado da palavra retrô, tem sua definição no termo "para trás" ou "dentro após épocas". 



O retrô é o estilo em alta. Desde T-shirts clássicas com motivos em comic books da década de 80 até a moda xadrez do grunge wear style da juventude rebelde e perdida no rock clássico de Kurt Cobain e o all star já cantado por Cassia Eller e Nando Reis. O poder e influência do retrô é facilmente notado e indentificado em diversos segmentos de moda e tendências expostas nas passarelas de consumo. O navy, com retorno de listras; os wayfares, com o retorno dos óculos clássicos; o denim, com a moda "surrada" e tantos outros facilmente identificados através da perspectiva de remontagem do que já passou. Não há como negar que o "IN" so momento seja o "back in the 80's, 70's, 60's and beyond". 




Quanto ao termo "vintage", aplicado no universo fashion, pode-se se afirmar que a razão do termo tem a raiz de seu conceito remetida a um universo, a princípio, afastado de qualquer ligação com o conceito de moda e alta costura. Isto porque, em verdade, a palavra em questão aborda o procedimento de cultivo e colheita dos vinhedos, no qual o conceito de boa safra, não necessariamente refere-se ao antigo ou clássico, mas tão somente a conservação de uma boa colheita, de uma safra especial. Por isso, a introdução do "vintage", na moda, refere-se a peças de várias décadas, usadas, mas que ainda assim, contiuam em estado de perfeita conservação. Com vista a um verdadeiro estilo vintage contemporâneo de ser, vale lembrar que, para que a roupa ou peça seja, de fato, considerada vintage, a mesma deve ter pelo menos duas décadas de existência, de forma que, incluem-se no panorama vintage wear style peças conservadas até o final da década de 80. O vintage é o brechó da moda, onde tudo é aproveitado de forma a alcançar o cool classic do momento.




Exemplo de "vintage in" no quesito acessórios de moda, é a Lomomania ou Lomo Fever. Para quem ainda não conhece as máquinas Lomo, procurem observar nas vitrines e redes sociais mundo afora o boom do momento. Objetos de culto por todo o globo e considerada como estilo de vida, a febre de LOMO, originou uma comunidade internacional de seguidores, a Sociedade Lomográfica Internacional. São câmeras automáticas, muito comuns na década de 80, de alta sensibilidade, capazes de registar cor e movimento sem necessidade de flash e sem deformação. O processo consiste no recepção contínua de luz que é feito através do sistema de exposição automático,chegando a durar 30 segundos. Outro efeito, dependendo do modelo e da lente, é o olho de peixe, no qual a fotografia fica com uma moldura circular.







A despeito do "vintage style" ou do "retrô way of life", o estilo clássico, por sua vez, por ser mais abrangente, pode ser entendido através do exemplo de Gabrielle Channel, ou Coco Channel. Seu inconformismo e inquietação com a moda e estilo de vida de sua época, inspiraram-a a criar o original, ou seja, o diferente que consegue perdurar. Na moda, onde tudo que se é criado, em regra, um dia acaba e sai de cena, algumas peças, quando notoriamente bem estruturadas, perdem essa perenidade, tornando-se constantes, presentes e ativas, nunca saindo de moda. São peças de estilos atemporais, onde tempo não é fator determinante ao conceito de moda e sua duração, por isso entendidas como clássicas e inspiradoras.




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